segunda-feira, 26 de março de 2012

Os Bons Ladrões

(A proposta de produção a seguir é a continuação do texto “Os Bons Ladrões” de autoria de Paulo Mendes Campos).

Morando sozinha e indo à cidade em um dia de festa, uma senhora de Ipanema teve a sua bolsa roubada, com todas as suas jóias dentro. No dia seguinte, desesperançada de qualquer eficiência policial, recebeu um telefonema:
__É a senhora de quem roubaram a bolsa ontem?
__Sim.
__Aqui é o ladrão, minha senhora.
_ E o que você quer?
_ Eu? Hum... Eu... Er... Eu quero muito dinheiro para devolver... hum... a bolsa para a senhora.
_ Quanto você quer? Senhor, eu sou aposentada, não ganho muito e não tenho muito dinheiro guardado. Eu mando a maioria do que recebo para a minha filha doente e ...
_ Eu vou pensar num preço para a senhora... aí eu retorno a ligação.
O ladrão desligou. A senhora ficou pálida, não tinha muito dinheiro mesmo e as jóias que herdara da sua mãe estavam dentro da bolsa.
Enquanto isso o ladrão pensava quanto iria pedir para a senhora. Logo retornou a ligação:
- Alô?
- Alô, quem fala?
- É o ladrão, senhora.
- Ah, sim. Então o senhor já decidiu quanto quer pela bolsa e pelas jóias?
- Sim, senhora. E amanhã eu ligo para marcar o horário e o local onde a senhora terá que ir e o valor que eu quero.
- Mas...
O ladrão desliga o telefone.
A senhora, sem mais o que fazer, foi dormir, pois estava muito cansada.
No outro dia, quando acordou, lá em cima de sua mesa estava a bolsa e em cima um bilhete dizendo: “ Senhora, devolvi a bolsa pois achei que roubar não é certo. Preciso de dinheiro, mas vou ganhar isso honestamente. Devolvo... pois eu acho que nem todos os ladrões são maus... Ou pelo menos, eu não sou mais...".

Luana de Melo Aguirre
8º ano B‏

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